Sacro Império Germânico
A desintegração do Império Carolíngio possibilitou a formação de novos reinos na Europa Ocidental. Entre esses, destacamos a dominação política exercida pelos duques germânicos sobre a região da antiga França Oriental. Através do voto dos principais duques da região (Francônia, Saxônia, Suábia e Baviera), era escolhido o rei que obteria controle sobre o Reino Germânico. O primeiro rei escolhido foi Henrique I da Saxônia, eleito em 936.Na parte final do século X, o processo de descentralização política promovido pela feudalização das terras incitou fortes contendas políticas entre o imperador, os senhores feudais e o clero. No século XI, essas disputas ficaram polarizadas entre os que reconheciam a autoridade real, e os nobres submetidos à influência do papa. A situação conflituosa chegou ao seu ápice quando as tropas do papa Gregório VII e do imperador Henrique IV guerrearam entre os anos de 1073 e 1085. A questão entre o papa e o rei foi contornada, em 1122, com a Concordata de Worms. Essas intrigas, que se arrastaram ao longo de toda a Idade Média, deixaram esse conflito conhecido como Querela das Investiduras. A rixa estabelecida entre os reis germânicos e o pontífice romano enfraqueceu a influência política de ambos os lados, fortalecendo a autoridade local dos nobres. Dessa forma, vários pequenos Estados se formaram, dando caráter simbólico à autoridade do imperador do Sacro Império Germânico.



